Esse substantivo feminino continua no dicionário da língua portuguesa, mas no dia-a-dia das pessoas anda bastante ausente.
Me impressiona o comportamento covarde das pessoas diante da vida, das situações do cotidiano e dos desafios profissionais.
Como meu foco nesse blog é o ambiente corporativo, quero explorar o medo que está presente em muitas das relações comerciais.
Por onde ando, com as pessoas que converso, confirmo que hoje muitos profissionais têm medo de se impor e de defender seus pontos de vista. Medo de discordar, de propor novos rumos ou conceitos.
Preferem ser apenas eco. Repetir para não contrariar. Como numa brincadeira infantil, seguem tudo o que seu mestre mandar.
Que fique claro que acho importante perceber o ambiente e respeitar diretrizes, mas também não podemos esquecer que enquanto profissionais, especialistas ou generalistas em nossas áreas, é esperado de nós uma postura ativa, de quem apresenta propostas, de que tem senso crítico e que deixa importantes contribuições.
Para simplificar: quando você contrata um pintor para renovar suas paredes, espera-se que ele oriente sobre os tipos de tinta, durabilidade e rendimento e até mesmo sobre as cores. É natural ainda que vocês discordem sobre uma relação de custo x benefício ou das opções de textura, mas a discussão é necessária. Acrescentará opções e permitirá maiores ganhos.
O mesmo vale para os negócios. Se você trabalha numa área, você é o responsável por apresentar normas que regem tal situação (isso não pode ser ignorado) e também, e mais importante, as alternativas. Alternativas!
Como extremos são perigosos, me sinto na obrigação de especificar que ser corajoso é muito diferente de ser irracional. Ser ousado sim, insubordinado não. E propor mudanças em processos e normas é válido, ignorá-las é falta de ética.
E não esqueça do respeito quando precisar ser corajoso.
“Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo.”
(Mark Twain)
“Quem perde os seus bens, perde muito; quem perde um amigo, perde mais; mas quem perde a coragem, perde tudo.”
(Autor desconhecido)
Adorei o post! Me fez lembrar Guimarães Rosa, que disse:
ResponderExcluir"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem".
Parabéns pelo blog!
Beijos, Amanda.
Como disse José Saramago em "Ensaio Sobre a Cegueira": "Quem quiser ser cego, sê-lo-as".
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Abraços.
Ulysses