terça-feira, 9 de junho de 2015

segunda-feira, 23 de março de 2015

roubaram minha almofada



Todo dia chegava para trabalhar. Era um espaço lindo e confortável. Tudo sempre do mesmo jeito e arrumado por mim. Não que estivesse tudo super arrumado, mas estava da maneira que eu queria. Na porta da sala tinha uma placa de alumínio escovado, com o seguinte escrito, na cor preta: zona de conforto.

Ambiente seguro, sem novidades. A rotina me abençoava. Todo dia, fazendo tudo sempre igual. Como fazia sempre a mesma coisa, cada dia fazia melhor, com mais segurança. Tudo no automático. Nem precisava mais pensar. Chegava e me estatelava numa grande e macia almofada. Ah! que sensação boa. Não tinha surpresas, não me preocupava, sabia exatamente como seriam as coisas.

Tudo ia bem. Bem mesmo. Até o dia que minha almofada desapareceu. Socorro! Não tinha mais conforto e surgiam medos, preocupações e incertezas. Onde estaria a grande almofada? O que explicaria o sumiço? E no dia seguinte, o que esperar?

E mesmo sem estar preparado, o novo dia chegou e com ele alguns entendimentos. A almofada havia sido reformada, estava maior e com um tecido mais resistente. Nesse dia a sala também estava maior. Parecia tudo melhor, exceto pela placa da porta. Não era mais minha Zona de Conforto.

Estava em novo território. Maior, com mais possibilidades. Novos aprendizados e experiências. Muita coisa nova, muita mesmo. A insegurança rodeava tudo. Era um mix de empolgação e medo. Optei por não ficar parado e conhecer tudo naquela nova sala. Fui me adaptando. Comecei a praticar. Ação total. Com o tempo fui me sentindo mais a vontade. Não era confortável, mas estava me sentindo melhor.

Logo entendi que a sala havia aumentado por conta das minhas novas necessidades. Agora sabia mais, podia mais, praticava mais! Sair da minha querida zona de conforto doeu, mas foi necessário. Agora posso mais.

E sua almofada? 

segunda-feira, 16 de março de 2015

mudar ou melhorar de vida?



Você tem um amigo que melhora, melhora e continua reclamando? Eu tenho.

Estava começando a julgá-lo conforme meus valores e crenças quando percebi o erro e parei imediatamente.

Reformulei. Busquei entender o que se passava com ele e confesso que me surpreendi.

Meu amigo realmente melhorou de vida, e melhorou bastante. Antes possuía um carro usado, básico, sem acessórios, hoje é proprietário de um veículo novo, daqueles que tem cheiro de concessionária. Tão brilhante que semana sim, semana não, recebe uma lavagem completa no posto. Antes morava de aluguel, no subúrbio. Agora já mora na zona sul e paga um condomínio que condiz com o luxo da portaria do edifício. Suas compras que antes eram feitas no comércio popular do centro da cidade, passaram a ser realizadas em grandes shoppings. E seu cartão de crédito ganhou novos e importantes limites, assim como mensalidades e diversas taxas.

Voltei a refletir sobre como alguém que melhorou consistentemente de vida continuava reclamando.

No meu entender, há uma grande confusão no senso comum sobre o que é mudar de vida e o que é melhorar de vida. E nesse conceito, ficou claro que meu amigo mudou de vida. Entretanto, por suas queixas e reclamações, ele definitivamente não melhorou de vida.

A maioria de nós distribui rótulos. A gente encontra alguém, avalia e "plaft", estampa um rótulo. No caso do meu amigo, por ele ter um carro melhor, por ter mudado de bairro, assumiu-se que ele está melhor. Bom, é certo dizer que ele tem coisas melhores, não necessariamente está melhor.

E ousando seguir nesse estudo, agora ele tem mais gastos, mais despesas e talvez mais dívidas e mais preocupações com os cuidados aos novos (e caros) bens. E isso o deixa estressado e reclamão.

Se vale a pena ou não, é prudente não responder pelos outros, afinal, cada um sabe onde o sapato aperta mas, fica uma lição: avaliarmos o que ganharemos e perderemos com nossos objetivos.

Qual seu sonho? O que você ganhará e perderá? 

segunda-feira, 9 de março de 2015

são as águas de março



Ontem foi um dia difícil e entendi que precisava mudar tudo. Tudo não, mentira, mas muita coisa. Nem tanto assim, estou exagerando, apenas algumas coisas. Pensando bem, o que preciso mudar são duas ou três coisas. Quando dormi, tive a certeza de que tudo seria diferente na manhã seguinte.

Hoje ao acordar, tomei um susto. Tudo igual, nada havia mudado. O que teria dado de errado? Estava tão decidido e firme no propósito de mudar, que não encontrar mudanças pela manhã me frustrou profundamente. Quase não encontrei forças para levantar. Que desânimo.

Aff, que manhã difícil. Sim, bem difícil e pior, chuvosa. Chove torrencialmente.

Saí à rua e relampejou. Deu-se um grande clarão. Tudo ficou branco, talvez prata. Fez-se a luz. Fui tomado por uma energia incrível.

Algo inexplicável, talvez mágico, e que muitos livros chamam de motivação, aconteceu. Tudo fez sentido de repente. Não adiantava pensar, decidir, escolher, optar. Eu precisava fazer, realizar, executar.  Estava fazendo manha como uma criança birrenta. Querendo algo, apenas querendo.

Com esse pensamento, já que estava chovendo, resolvi testar a partir da decisão de tomar banho de chuva. Queria tomar banho de chuva, mas estava de capa e não me molhava. Então, comecei a agir. Tirei a capa e senti os pingos. Em poucos instantes estava todo molhado.

É isso! Eureka! Descobri !!!! Funciona assim: primeiro eu desejo (quero tomar banho de chuva), depois eu planejo (preciso tirar a capa), logo começo a executar (tiro a capa) e me realizo (tomo banho de chuva).

Que alegria! E você, quer se realizar também? 

segunda-feira, 2 de março de 2015

o mapa e o GPS



No seu dia-a-dia, na sua carreira, na sua vida, você quer um mapa ou um GPS?

Pense bem: você quer um mapa, que traz uma visão ampla, que te permite analisar possibilidades e escolher melhores rotas ou, um GPS que diz exatamente as ruas em que deve transitar?

Muitos preferem receber instruções precisas e abrem mão de tomar suas próprias decisões. Entendem que devem caminhar junto com o todo, apenas seguindo o fluxo. 


Outros optam por protagonizar. Decidem, escolhem. Nem sempre tomam as melhores decisões, é verdade, mas aprendem. E esse aprendizado é o que os diferencia.

E quem assume os riscos? Talvez aí se encontre a maior diferença. Quando o GPS escolhe uma avenida e esta não é a melhor opção, de quem é a culpa? Porém, se você estuda um mapa e decide pela avenida errada, a responsabilidade é toda sua - assim como a liberdade e todas as oportunidades que venham a surgir.

Ah, sim! De fato é muito mais trabalhoso analisar um mapa de ruas, contudo, terá mais alternativas, opções. Ao surgir um imprevisto, um acidente ou engarrafamento nas estradas da vida, poderá buscar rotas alternativas. Também não cairá em vielas ou ruas sem saída. Não dependerá de atualizações do dispositivo falante e autoritário.

Vale outra reflexão. O mapa está lá e pode ser consultado quantas vezes necessário e com isso novos caminhos podem ser determinados a qualquer tempo, em função dos novos aprendizados. O GPS, depois de determinado o destino, seguirá sempre aquele caminho. Caso você opte por não seguir alguma das indicações, ele até poderá ajustar a rota, mas para devolvê-lo para o caminho determinado inicialmente. Ele não incorpora os aprendizados. Insistirá no erro.

Você quer um mapa ou um GPS? 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

avance em 2015 !



Ano começa, e tudo precisa recomeçar. A diferença é que agora existe uma série de promessas esperando para serem cumpridas.

Além das intenções de iniciar ou manter hábitos saudáveis, há também as promessas de estudar mais, se esforçar mais, de trabalhar melhor, de conquistar promoção, aumento ou novo emprego.

E na maioria das vezes e para a maioria das pessoas, tudo fica numa lista. As coisas não acontecem, não se realizam.

Falta a ação. E falta ação por não existir uma motivação. Enquanto você não reconhecer o que ganhará com aquilo, nada avançará.

De forma prática, se você não entende o motivo de ter hábitos saudáveis agora, somente a doença lhe apresentará uma justa razão. Se você não se dedica agora aos estudos, oportunidades perdidas pesarão no seu futuro. Se você não busca agora uma melhoria continua e apresenta um trabalho diferenciado, a recusa de um aumento ou promoção gerarão grande desconforto e frustração.

Minha sugestão para esse novo ano, é inverter. Ao invés de esperar perder algo para se arrepender de não ter mudado, que tal mudar para ganhar?

Que tal buscar um desempenho diferenciado para conquistar novas e importantes oportunidades profissionais? Já pensou em incluir atividades físicas em sua rotina para proporcionar mais disposição em seu dia-a-dia?

Tenha foco no que você quer, deseja ou precisa e trilhe o caminho para alcançar. Pode ser difícil e vai exigir esforço, dedicação e provavelmente precisará abrir mão de algumas coisas, mas logo encontrará a recompensa quando seu objetivo for alçando. É clichê, mas é fato, logo tudo terá valido a pena.

Experimente ! Aproveite essa primeira segunda-feira do ano para fazer realmente diferente e melhor para você. Dê o primeiro passo. Avance!

Feliz 2015 ! Feliz conquistas !  

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

me demito



E um dia você acorda determinado a pedir demissão. Não aguenta mais a empresa, seu chefe, seu trabalho. Tudo se tornou insuportável. Até o trajeto ao trabalho se tornou o pior percurso da cidade. E você começa a se perguntar o que tinha na cabeça quando aceitou esse emprego.

Desabafo realizado, agora calma. Respira. A coisa não é tão feia quanto parece. Você está num momento ruim e maximizou tudo. As emoções afloraram e a raiva surgiu.

Muitas vezes algo foi a gota d'agua ou, o tempo suportando uma determinada situação provocou o stress.

É comum nessa hora colocar a culpa em algo ou alguém. E na maioria das vezes estamos sendo injustos. É como uma gaveta lotada e bagunçada. Toda vez que abrimos a gaveta e temos dificuldade de mexer, culpamos o item que está por cima e que impede o fechamento. O problema não é o item que está por cima e sim a gaveta lotada ou desorganizada.

Vale analisar mais profundamente o que está acontecendo. Qual o motivo para esse stress e insatisfação. É a primeira vez ou é recorrente? Viveu isso em outras experiências profissionais ou é um sentimento novo? Troque ideia com amigos ou pessoas que tenham mais experiência. Analisar a situação por outro ponto de vista ajuda bastante e nos faz olhar além do nosso umbigo.

Feitas as reflexões necessárias, hora de agir. Reclamar não vai mudar nada (ou talvez mude, mas para pior).

Tenha uma atitude positiva! Busque a melhoria e seu bem-estar. Você pode e merece mais, mas terá que batalhar por isso.

No mundo real, a maioria não pode ficar sem trabalhar, então pedir demissão ou forçar o desligamento não é uma boa ideia. Ajudará apenas nos primeiros dias, pela sensação de alívio, mas e depois, desempregado? Será que não ficará pior? Seja consciente.

Garanta que está fazendo tudo que deve e precisa ser feito, e com qualidade. Vigie também seu comportamento e cumpra com suas obrigações. É necessário garantir que você não é o problema. Sim !!! Se você não faz o que tem que fazer, as pessoas reagirão negativamente à você e realmente não será um bom lugar para trabalhar.

Talvez mudar sua atitude, sua forma de agir e, principalmente de pensar, pode fazer toda a diferença para você e todos que o cercam no trabalho.

Se entender que não deve ou não pode continuar onde está, busque novas oportunidades. Avalie o mercado. Contate sua rede de contatos e estude as opções. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

aceita?



Novas oportunidades na empresa. Acabou de abrir um processo seletivo interno. Você olhou os requisitos da vaga e você está apto para se inscrever. E agora? Dar ou não esse passo? 

Sugiro avaliar 3 dimensões: cargo e funções atuais; cargo e funções da vaga e tamanho do passo a ser dado.

Começando pelo cargo e funções atuais, analise seus indicadores e feedbacks recebidos. Essas credenciais poderão ser úteis no processo. Veja também como seu gestor imediato interpretar á seu interesse em outra vaga e também como é a política de transferência interna (muitas vezes você só poderá participar se ele permitir). Verifique também, em sua área atual, quem seriam os próximos promovidos ou quem está sendo preparado para assumir o lugar do seu chefe. Busque uma visão ampliada e entenda se é realmente o momento de participar desse processo.

Outro ponto importante é o pacote referente ao novo cargo e função. Busque entender como é a rotina, como é o gestor da área e se as pessoas daquele departamento parecem satisfeitas. Faça uma relação de responsabilidades versus remuneração. Entenda sua hierarquia na nova área e também quais seriam os próximos degraus de crescimento.

Por fim, relacione os desafios do novo cargo. O que você precisará mudar, tanto no profissional como no pessoal. Muitas vezes esse passo implicará em sair mais tarde ou viajar muito, impedindo de buscar seu filho na escola ou de frequentar um curso importante. Talvez sejam necessárias apresentações para altos executivos e, se você não gostar de falar em público, poderá ter dificuldades. A nova remuneração pode ser importante, mas não deixe de avaliar todos os outros pontos.

Feitas as análises, é hora de decidir.

Se optou por ficar onde está, siga com suas atividades buscando o melhor. Esqueça a vaga. Não fique pensando "se" isso ou aquilo. Você decidiu ficar e precisa se dedicar.

Caso a opção seja se inscrever,  prepare-se. Converse com seu gestor imediato, apresente suas razões para participar, peça sua opinião e então siga com os procedimentos de inscrição na vaga. Em seguida, revise seu histórico profissional, características pessoais e habilidades que podem ser diferenciais e devem ser valorizados no processo seletivo. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

mudar ou não mudar? eis a questão!



- Quero mudar e não consigo.
- Por qual motivo você quer mudar?
- Tenho que mudar, não dá mais para continuar desse jeito.
- O que o faz pensar assim?
- Ah, sei lá, nada dá certo. Tenho que mudar.

Conversa bem comum, não?!?! Muita gente fala de mudança, de necessidade de mudar e ao mesmo tempo, muitos não tem ideia do que querem e mais ainda, não tomam atitude alguma.

Mudar, por definição, não é algo simples, e sem um objetivo claro aliado à falta de ação, tudo fica bem pior.

Ao pensar numa mudança, entenda primeiramente, a necessidade, o fator motivador. Qual a razão para a mudança. Identifique o que se pretende com a mudança. Avalie o quanto está preparado para a mudança. Veja também se tem, nesse momento, a energia e disposição necessárias.

No dicionário Aurélio, mudança significa: ato de mudar; troca; alteração, modificação, transformação (física ou moral); variação. No contexto abordado aqui, estamos falando de transformação, correto? Seja transformar um comportamento ou uma situação.

Podemos falar de mudar nossa forma de se comunicar, sendo mais comunicativo e marcante ou de uma situação de sedentarismo, sem atividade física. Como temos modelos definidos em nossas mentes, ao decidirmos mudar, precisaremos ir um pouco mais fundo.

Exemplificando. Se sei que agora precisarei falar em público e sou uma pessoa tímida, opto por mudar. Até aí, parece simples, há uma necessidade e um objetivo bem definido. Mas como mudar, digamos, uma característica tão pessoal?

Alguns acreditam que nascemos assim. Tanto quanto altos ou baixos, introvertidos ou extrovertidos e nada mudará isso. Outros acreditam que querer é poder: basta querer que você consegue. E você, no que acredita?

Penso que podemos mudar sim. A questão é que exigirá de nós grande esforço. Num treinamento o palestrante associou o processo de mudança ao de reciclagem. Concordei. Assim como para reciclar vidro, este é moído e submetido a altas temperaturas, para nós também não é simples. A boa notícia é que o resultado é compensador.

Analise com calma o que quer, como e quando quer. Planeje, trace estratégias, determine as etapas e os resultados esperados em cada uma delas. Quando decidir, aja. Tome uma ação. Comece, dê o primeiro passo.

Agora é praticar, exercitar e evoluir. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

cara a cara com o feedback





E o tal do feedback continua assombrando muita gente. Muitos dizem que se preparam, entendem o que precisa ser dito e até conhecem as orientações de falar de fatos e não percepções, de marcar um horário específico e de realizar num ambiente tranquilo sem interrup ções, mas, ainda assim, na hora H não conseguem realizar um bom feedback.

Alguns se dizem intimidados e até inseguros na hora de falar o que precisa ser dito. Uma pessoa chegou a comentar que na hora o nervosismo é tanto que parece até faltar a voz.

Penso que duas podem ser as causas: não se preparar adequadamente ou falta de prática. Ambas podem ser solucionadas, mas exigirá dedicação maior a esse processo.

Sendo falta de prática, qual a solução? Praticar! Sim, apenas isso. Praticar, praticar e praticar. Provavelmente as primeiras não sairão como gostaria, mas com o tempo você conquistará mais experiência e, automaticamente, a segurança aumentará.

Já, se estamos falando de despreparo, há muito dever de casa para ser feito.

Que tal uma revisão?

Primeiro, selecionar as pessoas que receberão seu feedback, depois, relacionar os itens que serão abordados. Logo, distribuir as pessoas em sua agenda, reservando mais ou menos tempo conforme a complexidade dos assuntos. Você já sabe, mas não custa lembrar: feedback é individual; com hora marcada; sem interrupções; é uma via de mão dupla; baseia-se em fatos e dados.

Detalhando mais a etapa de relacionar os itens que serão abordados, é importante que selecione fatos que estejam impactando positiva ou negativamente nas rotinas. Tenha o cuidado para não falar de coisas sem importância, que foram pontuais e sem qualquer reflexo no trabalho. Como roteiro, utilize o F.I.M. - Fato, Impacto e Melhoria.

Isso feito, considere os assuntos e quem receberá o feedback. Tem gente que tem mais facilidade para receber feedbacks e outros, mais polêmicos, exigem maior tempo. Ainda que isso seja muito pessoal, sugiro começar pelos mais fáceis. Explico: você não se desgastará logo nos primeiros feedbacks.

Independente do perfil de cada um, todos devem e merecem receber um feedback de qualidade. E é sua obrigação garantir isso. Não delegue essa responsabilidade.

E qual a melhor forma de falar? Vai depender do interlocutor. É importante que você considere o estilo de cada um. Alguns preferem de forma bem direta, outros de forma mais lúdica, uns por exemplos, outros por detalhes. O que não pode faltar é respeito e ética.

E o que falar? Dos fatos, dos impactos causados e uma proposta de melhoria (ou manutenção). Mostre os fatos e conduza para que o ouvinte conclua os impactos. Faça-o participar das conclusões. É uma conversa e não um monólogo ou discurso. Fale, escute, discuta, proponha, reflita. Quanto mais dedicados estiverem a esse processo, mais produtivo será.

Vale destacar que o feedback não é punição. É um alinhamento do que precisa ser feito frente ao que está sendo feito. E como diria um certo deputado, "estando bom para ambas as partes" todos saem ganhando.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

processo seletivo




- Ok, amanhã às 10h estarei aí para o processo seletivo.

Assim termina uma ligação e começa um período de grande apreensão. Como será esse processo, o que eu tenho que fazer, o que eu não posso fazer, como me vestir? E outras tantas frases terminadas com uma interrogação.

Vamos considerar que esse processo seletivo será daqueles com dinâmicas de apresentação, atividades em grupo e que terminará com uma redação.

Vamos então começar pela apresentação? NÃO! Vamos começar por você conhecendo a empresa. Acesse o site deles, entenda um pouco mais das atividades principais, veja quando foi fundada, um pouco de sua missão e valores e sua presença nacional. Utilize um site de busca e cite a empresa. Veja em que tipo de publicações aparecem. Tenha uma visão geral sobre essa corporação. Se possível, passe pela empresa para ver como trabalham (informal ou social, por exemplo) e como são as caras das pessoas que entram e saem de lá.

Próximo passo,  a apresentação. Vamos falar de toda a apresentação, tanto a pessoal, como a que você discursará. Traje uma roupa adequada, prioritariamente limpa e bem passada. Nem todos podem utilizar roupas de grife ou corte adequado, mas todos devem estar com roupas livres de manchas. Cabelos bem penteados. Para os homens, barba feita ou muito bem tratada. Para as mulheres, cuidado com os acessórios. Na dúvida, pratique o "menos é mais".

Já sabe o que vai dizer? Como se apresentar? Primeiro, com segurança, fala bem articulada e boa postura. Fique de pé. Apesar de parecer mais fácil ficar sentado, além de não ser adequado, dificulta a "saída" da voz. Olhe para todos os presentes (como um ventilador, indo de um lado ao outro) e nos momentos mais importantes, de sua narrativa, foque no responsável pela seleção.

Lembre-se que essa apresentação é sucinta (é apresentação, não entrevista). Fale claramente seu nome, sua idade, seu estado civil, se tem filhos, em que bairro ou região reside, comente onde trabalhou por último (ou trabalha atualmente) e o que fazia, e mencione duas outras empresas anteriores. Termine dizendo o que gosta de fazer nas horas vagas (seu hobby), o motivo pelo qual deseja a vaga e suas competências que o habilitam para ocupar esse cargo.

Ah, já ia me esquecendo. Quando o entrevistador pedir que se apresentem, aproveite a primeira oportunidade possível. Você não precisa ser o primeiro, mas também não seja o último. É desagradável aquelas trocas de olhares de "vai você pois não quero ir agora". Tenha atitude.

Durante as dinâmicas de grupo, seja natural, espontâneo e participativo. Contribua com suas ideias, apresente seu ponto de vista, interfira no processo e tente unir as diferenças a favor do objetivo proposto. Sugiro não tentar parecer o que não é ou seguir na linha de que tem que falar o tempo todo. Tagarelas são chatos e não contribuem – só fazem barulho.

Na redação, mentalmente organize o que vai escrever. Divida em três blocos: introdução, meio e conclusão. Na introdução, deixe uma prévia do assunto. No meio, desenvolva o assunto e termine concluindo sua linha de raciocínio (em geral, se concorda ou discorda com o tema, e suas razões).

Quando o processo terminar, despeça-se de todos, desejando-lhes sucesso no processo. Agradeça ao responsável pelo processo seletivo e diga que aguardará as próximas etapas.

Avançando no tempo: Se passou, comemore e prepare-se para as próximas etapas. Caso o retorno seja negativo, tente obter um feedback. Conseguindo ou não, reflita sobre sua participação e tente realizar pequenos ajustes para um próximo processo.

Vai lá ! Mostra sua cara (e habilidades) ! Sucesso !

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

tic tac



...
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado 

...

Assim como na  música de Vinícius de Moraes, O Relógio, o tempo passa, e bem depressa. E isso deixa a maioria dos profissionais com a sensação de que não conseguem fazer nada, que falta tempo, que as horas não são suficientes. Ainda pior é quando, com esse sentimento, muitos acabam não fazendo nada, perdidos na montanha de itens que precisam ser executados. Gastam mais tempo e energia olhando para o relógio do que realizando suas tarefas.

Se é certo que o tempo passa, que não atrasa e que a maioria está cansada, como fazer tudo que precisa ser feito? Como cumprir agendas? Em resumo, como administrar o tempo?

Entendo que aí ocorre o primeiro e grande equívoco. Não vamos administrar o tempo e sim o que precisamos realizar. Para "fazer caber" precisamos dividir o que é urgente, o que é necessário e o que é queremos fazer. Na primeira categoria, temos o que, se não fizermos agora, ou não adiantará mais, ou trará consequências que não desejamos. Por exemplo, fazer uma prova, pagar uma conta que vence hoje ou solicitar algo que o prazo para tal se expire. Na lista do que é necessário, temos as atividades que precisam ser realizadas hoje, mas podem ser acomodadas ao longo do dia pois não tem, como no caso dos urgentes, limite de horário. Aqui se enquadram estudar um determinado assunto, lavar o carro ou anotar a lista do mercado. Por fim, a parte do que queremos fazer, mas se não fizermos, não haverá problemas. Imagine coisas como assistir a um filme ou terminar um livro. Ainda que seja difícil controlar a ansiedade, se não fizer hoje, pode fazer amanhã, ou depois, ou depois.

E agora entramos na questão sobre como priorizar. Não sabe priorizar? Ora, não dificulte, comece usando a referência acima. Organize as atividades ao longo do dia conforme suas particularidades. O que tem horário específico, o que precisa ser feito no dia, mas sem limitador de horário e o que é bom que seja feito no dia (se couber). E como diz minha esposa, "primeiro as obrigações, depois o lazer" - não altere essa ordem, pois aqui a ordem dos fatores altera sim o produto.

Esteja preparado, vai sobrar tempo! Vai rolar até uma preocupação sobre se você está à toa. Mas calma, isso acontece na hora que você consegue se organizar. Logo, você continua com o planejamento e ocupará o tempo com atividades que agilizarão sua rotina e também que trarão uma maior e melhor qualidade de vida. SIM !!!! Você precisa de um tempo para cuidar de você, para se divertir e relaxar. Esse bem estar permitirá a você seguir com suas responsabilidades com mais tranquilidade – teremos um equilíbrio.

Por fim, 
contar com a memória agora pode colocar tudo a perder. Ao menos nesse começo, utilize uma agenda para listar suas tarefas. 

Você precisa planejar, programar e ter muita disciplina para cumprir e realizar ! Foco e sucesso na execução ! 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

imprevistos acontecem



Dia vai, dia vem e, de repente, surge um imprevisto.

E agora? Para alguns, apenas um momento mais agitado, de pensamento rápido e ações diferenciadas. Para outros, momento de pânico, desespero e imobilidade.

Em que grupo você está? Nos de ação ou de estáticos? Motivados ou prostrados? Você é daqueles que encaram o problema e buscam alternativas ou que sentam e choram?

Acredito que algumas pessoas tenham uma pré disposição para encarar desafios. Gente que gosta de vencer obst áculos, que tem paixão pelo difícil. Gente que não tem medo do perigo, que mostra sua cara e segue em frente.

E acredito também que tem gente que aprende a lidar com isso. Como? Exercitando.

Numa analogia com esportes radicais, temos aquelas pessoas que praticam por gosto, opção e adrenalina. Outros, se propõem a experimentar aquela aventura e, dessa forma, saem da zona de conforto e vivem novas sensações. O que ganham com isso? Preparo. Quando for necessário, a pessoa acionará sua memória e agirá melhor. O fator surpresa será menor e as ações, mais naturais e apropriadas.

Dizem os educadores físicos que o corpo acumula uma memória corporal. Então, mesmo não praticando por muito tempo uma atividade física, ao retornar, seu corpo é capaz de buscar essas referências para auxiliá-lo no momento atual. O mesmo vale para situações de elevado stress. Quanto mais você vivencia, mais experimenta, mais exercita, melhor se desenvolve.

Numa próxima situação não prevista, num acontecimento inesperado, permita-se explorar, entender. Encare. Errando ou acertando você está acumulando experiências.

Por mais que seja difícil no começo, com o tempo você conquistará mais segurança e isso o auxiliará em sua trajetória profissional.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

recrutamento interno



Escrevi um anúncio bem elaborado. Coloquei todas as habilidades e competências que queria. 

Não procurava gente comum. Gente boa não bastava! Mas também não queria esses talentos fabricados em faculdades renomadas ou MBAs famosos. Queria gente viva, com emoções, que sabe falar pausadamente mas que também sabe se exaltar. Gente polida mas não tolhida. Gente que sabe, e sabe tanto, que sabe até como errar.

Procuro coragem e ousadia. Um pouco de medo tudo bem, se for pouco, afinal o medo nos preserva. Mas preservar do que? Bom, preservar por definição é algo bom, então, preservemos.

Tem que ter muita experiência. Opa !?!? Experiência ou vivência? Acho que vivência. Isso, quero gente que tenha vivido muita coisa. Que tenha desejado, que tenha conseguido, que tenha perdido, que tenha aprendido, que tenha se frustrado e também gargalhado. Gente que sentiu na pele e na alma. Que tenha transbordado.

Ah, não posso esquecer de um outro detalhe: procuro gente rica. Sim, riqueza é essencial. Alguém cheio de memórias de valores inestimáveis. Que colecione viagens e aventuras. Muitos rabiscos, bilhetes e cartas não terminadas. Uma pessoa cercada de amores e amizades raras. Risadas inconfundíveis completam esse acervo.

Ora, também tem que ser famoso. Já ia me esquecendo da fama. O anonimato que me desculpe, mas fama é fundamental. Que seja famoso por seus atos, por sua lealdade, por sua pontualidade e jeito engraçado de falar. Que ria como ninguém. Que seja conhecido por falar sozinho, por não chorar em filmes da sessão da tarde ou tomar banho de chuva. Ou por nada disso.

A lista é grande. Será que vou assustar e não haverão candidatos?

Talvez seja bom ter um pouco de prudência e parar por aqui. Mas prudência é bom? Me soa como algo limitador. Uma desculpa aceitável para não tentar, não ousar, não arriscar. É ... Deixo a prudência para outros. Hoje não vou querer, obrigado.

Quero mais, um tanto mais. Mas que seja simples, sincero e direto. Que queira, que faça e que busque.

Quero mesmo. Quero essa vaga! Decidi. Vou me preparar para ela. Sei que o recrutador é implacável e tanto assim precisarei ser para ser aprovado. Mas eu quero e vou conseguir.

E você? Quem está selecionando para seu futuro?  

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

pare de mimimi



Só eu faço! Aqui é assim. Todo mundo tem suas obrigações e ninguém faz, e ninguém cobra. Eu fico atolado de coisas. Somente eu dou conta das atividades. Faço tudo e mais um pouco.

Isso você também, se não disse, já ouviu, não é mesmo?

Se isso não foi um desabafo em casa ou numa mesa de bar, diz para todos que você é uma pessoa chata e que tem uma nuvem preta sobre sua cabeça. Isso é improdutivo. Portanto, Keep Calm e para de mi-mi-mi.

Antes de qualquer coisa, o que é sua obrigação, o que foi delegado a você é sua responsabilidade e ponto final. Não tem relação com o que os outros fazem ou deixam de fazer. Se você controla, garante os prazos, cumpre os acordos, ótimo, é exatamente o que se espera de você.

A coisa mais importante agora é tirar os "outros" da discussão e concentrar o assunto apenas em você.

Se entender que está sobrecarregado, que desenvolve atividades acima de suas possibilidades e competências, se os prazos e metas são inviáveis você precisa dialogar. Sim, dialogar. E não, não fofocar com todos da empresa e vizinhança. Converse com seu gestor e negocie com ele. Avalie todos os pontos e tracem novas diretrizes.

Essa será uma atitude produtiva, de quem quer resolver, solucionar. O que estava acontecendo era chato, improdutivo, mesquinho e até mesmo infantil. Prejudica sua imagem e dificulta seu crescimento profissional.

Passe a falar de você, sobre você e dê aos demais a oportunidade de ver o quanto você é interessante e inteligente.

Haja com positividade e proatividade. E tenha muito sucesso.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

aprendendo a dizer não ...



Certamente você cresceu ouvindo "não faça isso", "não coma isso", "não vá lá" e até mesmo "não diga isso de novo". Foram diversas negativas que provavelmente te decepcionaram e geraram grande frustração.

O que talvez você não saiba é que o "não" pode ser uma poderosa arma de defesa. E você precisa usá-la com mais freqüência.

Pense rapidamente em tudo que já fez e gostaria de não ter feito. Pense em tudo que aceitou e não gostaria de ter aceitado. Pensou? Então tenho certeza que se pudesse voltar no tempo, teria usado essa milagrosa partícula negativa.

Algumas vezes estamos ocupados e acabamos aceitando uma ou outra interrupção para não gerar desconfortos. Diga não! E agora que vem a diferença: e diga também quando será o melhor momento para falar. Se pedirem para fazer algo que não quer, diga não. E pode complementar avisando que prefere isso ou aquilo. Se te convidarem para ir a um lugar que não quer, diga não. E conte que tipo de lugares gosta de frequentar. Resultado, você não fará algo que não quer e ainda dará informações importantes para os outros.

Naturalmente que algumas vezes optamos por agradar. Isso faz parte e pode ser necessário. Mas isso será uma escolha sua. Será para algumas pessoas e, novamente,  quando for uma vontade sua.

Experimente. E veja como tudo ficará mais simples. E o motivo também é simples: você será a prioridade e, cuidando primeiro de você, poderá cuidar melhor de quem quiser cuidar.

Vamos lá ... Solte o NÃO ! NÃO e NÃO !!! 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ajudar é tolice?




E o dilema do dia é: se eu ajudar, fazendo tarefas de outras pessoas, de cargos acima do meu, estou sendo prestativo e inteligente ou ingênuo e tolo?

Essa eu respondo rapidamente. Estará sendo colaborativo, prestativo e muito inteligente. Mostrará que está disposto a aprender coisas novas, que deseja conquistar novos estágios em sua carreira e, talvez o mais importante, que tem atitude.

Já foi dito que "aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende" (Da Vinci), então, na pior das hipóteses você terá aprendido algo novo e isso, ninguém tira de você.

Nesse contexto, vale citar Ann Landers, que disse que "as oportunidades normalmente se apresentam disfarçadas de trabalho árduo, e é por isso que muitos não as reconhecem". E não é verdade? A maioria das pessoas quer muito, mas quer fazer pouco. Não querem se esforçar e por isso, não enxergam as oportunidades.

Sinceramente, até entendo que haja um desconforto ao pensar que você pode estar fazendo o trabalho de outro e que não será reconhecido, mas, ao mesmo tempo, se não fizer algo diferente, a mais, é certo que não será. 

Conclusão: entre a dúvida de ser e a certeza de não ser reconhecido, opto pela dúvida. E claro, opto também por fazer valer à pena essa experiência.

Não vejo razão alguma para desperdiçar uma chance de aprendizado. Quer oportunidade melhor, de você poder aprender, errar e acertar sem ter ainda aquela responsabilidade? 

Uma coisa é ser sua obrigação e você ter que fazer com perfeição, outra, é você pegar a obrigação para você e ir melhorando. É como ter a chance de ensaiar. E outro ponto: é uma oportunidade de experimentar e, se não gostar, não embarcar nessa atividade, função ou cargo.

Minha recomendação é para que aproveite seu tempo livre e intervalos para saber mais. Pode ser lendo um livro, estudando ou participando de outras atividades. Conquiste mais para você.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

sob nova direção



Ele chegou rapidamente, alguém apresentou as dependências da empresa, os departamentos e seus times e logo começaram as reuniões. Todos correndo afoitos buscando preparar apresentações impecáveis. O lema era se vender bem para causar logo uma boa primeira impressão. Uns exibidos, outros mais recatados, mas todos envolvidos em agradar o novo diretor.

Mesmo que sua trajetória profissional seja curta, é alta a probabilidade de que você já tenha visto isso ao seu redor. E você verá esse filme muitas e muitas vezes, não importando se na mesma ou em outra empresa. Algo como os filmes da sessão da tarde. Repetidos, mas sempre anunciados como grande estreia.

É, o filme pode até ser repetido, mas precisa realmente ser tratado como um grande lançamento do cinema. Um novo diretor pode representar mudanças importantes e você, independente de sua função ou cargo, precisa entender o que acontecerá.

Aproveite para fazer uma leitura do ambiente. Busque identificar o estilo do novo gestor e o impacto que teve sobre seus diretos. Avalie seu estilo, forma de conduzir os temas e acompanhe suas aparições em reuniões ou apresentações.

Costumo comparar um gestor com um ímã. As pessoas que se identificam com sua forma de gestão ou que se adaptam rapidamente, se aproximam, são atraídas. Já as pessoas que não compartilham das mesmas ideias são repelidas. Se distanciam.

Não precisa ser nenhum especialista para entender que estar distante da nova gestão, do novo diretor e de suas diretrizes, não é positivo.

Por fim, se entender que não quer ou não pode participar dessa nova história corporativa, busque um novo rumo e evite desgastes. Sair com a imagem ruim não trará benefício algum para sua carreira.  

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

vagas não tão vagas assim



Empresas oferecem vagas, candidatos se oferecem para as vagas. Vagas não são preenchidas. Então você pensa que os candidatos não estão preparados, mas, muitos candidatos escutam que estão com uma qualificação acima do que a vaga necessita.

E agora? É arriscado então melhorar sua formação e investir em cursos de especialização? Mas não é isso que se espera dos profissionais, que estudem e que se aperfeiçoem?

Com as ofertas de cursos, graduações e até MBAs para todos os gostos e bolsos, não seria básico e obrigatório concluí-los?

As empresas que dizem que você é muito qualificado na seleção e o recusam, ao mesmo tempo, após sua tão esperada contratação, pedem (algumas até exigem) que você melhore sua formação e cursos técnicos. Se graduou, querem uma pós, se tem pós, querem MBA, se tem MBA, querem MBA internacional.

Há um desequilíbrio no processo. A estrutura está desorganizada. E acima de tudo, o mercado está desorientado. Muitos desempregados, poucas vagas e muitas exigências desencontradas.

Não discordo dos profissionais de RH que receiam contratar alguém com boa qualificação pelo risco de que logo mudem de emprego. É realmente um risco, mas, é preciso apostar.

É louco também esse processo. O candidato não arruma emprego, e quando arruma, passa a ser assediado por outras empresas. É o que isso? A grama do vizinho que é sempre mais verde? Então é um profissional de RH reclamando do outro? Ou um deles é preguiçoso e não avalia desempregados, apenas empregados?

Sei que é um assunto polêmico, mas polêmica gera reflexão e reflexão altera padrão. E quem sabe as coisas não se ajustam? Vale discutir, discordar, complementar, reclamar, pensar ... só não vale deixar do jeito que está.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

planejando a rotina





"Uma pessoa faltou, a outra ficou doente, a outra viajou, a outra está numa reunião e uma outra em treinamento o dia todo. Tenho um milhão de coisas para entregar (sim, na hora do desespero, 4 coisas transformam-se em milhão) e não tem gente para fazer. Não posso fazer nada."

Se você já não disse isso, com certeza já pensou ou, ao menos, ouviu de alguém. Bem comum. Há um pouco de ataque de vítima e também de falta de vontade de agir. Sim, falta de vontade. Note que na frase acima temos desabafo, um pouco de desespero e termina com a afirmação de que não pode fazer nada.

Ora bolas, pode sim fazer muitas coisas. Primeiro, parar de reclamar. Depois, agir. Conhecido o problema, faz-se necessário criar opções. Elencar ações. Propor cenários. Fatiar o problema, definir prioridades, maiores impactos e a partir desse ponto, ajustar os próximos passos.

Planejamento é fundamental. Temos que planejar o dia, a semana, o mês, o bimestre e todas as outras faixas de tempo possíveis. Planejar não é congelar ou engessar como é mais conhecido no meio corporativo. É simplesmente organizar as atividades por urgência e relevância. Imprevistos podem (e vão) surgir e você reorganizará. E reorganizará quantas vezes forem necessárias. Mas isso não será um problema quando você já tiver definido o que é importante, para quando, e para quem.

Voltemos ao discurso inicial. Para a pessoa que faltou e a que ficou doente no dia, não há nada que possamos fazer. São imprevistos. Mas e quanto a viagem, a reunião e o treinamento? Não podem ser remanejados, alterados ou substituídos? Uma áudio ou vídeo conferência podem ser alternativas. Adiar a reunião ou pedir que depois repassem os principais pontos pode diminuir o impacto. O treinamento pode ser alterado para uma turma futura.

Mas ok, estamos no mundo do "milhão de coisas" e do "não poder fazer nada", então, tudo é importante. A viagem, a reunião e o treinamento são essenciais. A menos que você também não tenha senso de prioridade, é porque elas são realmente necessárias e isso, por si só, já define muita coisa.

E as coisas todas que precisam ser feitas? Vencidas as etapas anteriores, divida o problema. Veja o que realmente precisa ser feito. Negocie prazos com os interessados. Foque no que é urgente ou de maior impacto. Sinalize a quem de direito como conduzirá o assunto, compartilhando suas decisões.

Amanhã, reveja tudo. Acredito que você não permitirá viagem, reunião e treinamento num mesmo dia. Acredito que estará melhor preparado para os imprevistos. Acredito que haverá uma melhor organização. Acredito que deixará o exagero de lado. Acredito que terá uma atitude melhor. Acredito que trabalhará na solução.